Camboja - De mochila na terra dos sorrisos e das estorias.

Nossa primeira parada no Camboja foi em Siem Riep, cidade proxima ao templo de Angkor, uma das 7 maravilhas do mundo. E de onde formamos as primeiras impressoes sobre o pais. Terra de pessoas simpaticas, com sorriso sincero e carismatico no rosto e lugar onde todo mundo tem uma estoria pra contar.

              Simpaticas a agitadas criancas cambojanas brincavam a beira do lago que refletia o Angkor Wat.

O Camboja carrega em suas memorias uma triste historia onde milhares de pessoas foram mortas e perseguidas, e muitas que sobreviveram sairam com sequelas irreparaveis, como multilacao de membros, o que causa alem do dano fisico, um sentimento triste que jamais se apagara na memoria dessas pessoas. O mais incrivel eh que mesmo apos toda sua tragetoria, o pais manteve seu brilho e simpatia, as pessoas pelas ruas estao sempre de bom humor e adoram uma boa conversa com os turistas, uma coisa boa eh que eles muitas vezes te ajudam sem esperar nada em troca. E quando te oferecem alguma coisa pra comprar e voce diz que nao quer eles nao reagem de maneira rispida, diferente de alguns lugares do mundo.


Ate o momento esse e o pais mais barato que passamos , um hotel razoavel com ar condicionado e wi fi custa em media $10 e alimentacao custa entre $1 ate $3 na maioria dos restaurantes. Quem gostar do lugar e quiser estender seus dias de viagem nao encontrara muitos problemas, pelo fato de que esse nao e um destino caro.

Siem Riep possui varios night markets (mercados noturnos), o calor do sudeste asiatico faz com que as ruas a noite ganhem vida, com barracas e lojas vendendo de tudo, como alimentacao a souvenirs e o da foto relacionado a arte.

Night Market (Mercado Noturno) - as cidades ganham vida a noite.

Em Siem Riep ha um restaurante (Temple Restaurant - que fica na Pub Street, a principal rua dos bares e restaurantes da cidade) onde enquanto se come um delicioso Amok - tradicional prato Cambojiano - assiste gratuitamente a uma apresentacao de danca local, que te transporta ao passado do pais, onde atraves da musica e da arte ensina sobre as lendas, cultura e a historia Cambojana.  Proximo de la eh onde ficam todos os night markets e a feirinha noturna onde voce pode comer um bom prato a partir de USD $1, comemos la duas noites.

  As belas dancarinas interpretando a magica danca de Apsara.

Nao podia faltar uma foto com o elenco da apresentacao :)

Esse eh o amok a deliciosa especiaria da culinaria cambojana, insuperavel

No dia seguinte acordamos cedo e fomos em busca do motivo pelo qual a maioria dos viajantes vem a Siem Riep, a misteriosa cidade perdida de Angkor. Para se conhecer os templos e ruinas se oferecem alguns tipos de tickets de entrada, o de 1 dia que custa USD$20, o de ate 3 dias que custa $40 e o de 7 dias que nao procuramos saber uma vez que tinhamos decidido qual dos tickets escolher. As ruinas de Angkor sao imensas e um templo fica a kilometros de distancia do outro, se alguem nos perguntar quantos dias sao necessarios pra se conhecer todos os templos, diriamos que 1 eh pouco ate  3 eh bom e 7 eh demais.

Cerca de 7:00am em um do caminhos que leva a uma das entradas de Angkor Wat a incrivel construcao de milhares de anos atras.

Optamos pelo ticket de 1 dia, pois somos mochileiros e estamos viajando o mundo e se escolhermos sempre as coisas mais caras o dinheiro acaba e antecipa a volta pra casa. Fomos aos templos principais que em um dia eh mais que suficiente pra conhecer e alem disso depois de muita negociacao com o Lee (o motorista de tuk tuk do hotel que estavamos) que ia nos levar as ruinas (literalmente, piada interna nossa) fechamos a corrida do dia por $15. Dica: Nao pense que pode se economizar nao alugando um tuk tuk pra se conhecer as ruinas em apenas um dia, como dissemos o Angkor eh tao grande que o melhor jeito de conhecer a curto prazo eh de tuk tuk, quem optar por de ticket de 3 dias recomendamos alugar uma bicicleta que custa o valor de $1 a diaria e eh excelente pra se conhecer os templos quando se tem tickets de mais de 2 dias e desde que nao esteja muito calor.

Uma incrivel vista por dentro.

Outra coisa importante a se ressaltar eh que existem dois circuitos, os chamados small circuit e o big circuit. Pelas ruas com os motoristas de tuk tuk o preco justo de ambos eh $12 USD o small e $15 o big. Acabamos combinando o valor de $15 com o Lee pelo small circuit pois os motoristas dos hoteis sempre tem um preco mais caro, nao facam o mesmo, o fato e que acabamos fechando a corrida com ele porque no dia da negociacao ele veio a nossa porta com a camiseta do Brasil, esse coracao ainda nos levara a falencia, e o pior de tudo e que no final do dia nos paramos em alguns outros templos interessantes no caminho pensando que estava tudo combinado e que estavamos no small circuit pra no final do dia sermos cobrados por mais $3 por ele ter afirmado que o passeio nos outros templos fazia parte do big circuit. Quando conseguimos um mapa e olhamos percebemos que fomos vitima dos sorrisos e da camiseta do Brasil. Agora vamos ao que interessa como foi o Angkor.

            Essa eh a entrada de bayon o segundo grande Templo, conhecido tambem como Angkor Thom

Cada desenho nas paredes relatava um pedaco da historia da misteriosa civilizacao.

Templos fantasticos realmente gigantes e sensacao de estar caminhando dentro da historia de uma civilizacao mistica de milhares e milhares de anos atras.

Um resumo da historia de Angkor explica que Angkor (Khmer) é uma região do Camboja que serviu como sede do império Khmer, que floresceu aproximadamente entre o século IX e o século XIII. O período Angkoriano começou em 802 d.C., quando o monarca Khmer Hindu Jayavarman II declarou-se como um "monarca universal" e um "deus-rei  até 1431. As ruínas de Angkor foram consideradas como um Patrimônio Mundial da UNESCO e  o imponente templo Angkor Wat, considerado o maior monumento religioso do mundo.

  As faces de Avalokiteshvara no templo de Bayon.

Em cada parede se revelava um pedaco da misteriosa historia.

        Pelo interior dos templos se encontravam pequenas passagens como essa, cuidado com a cabeca rs.

Uma das centenas de estatuas quebradas de Buda, infelizmente o tempo nao ajudou a conservar todas elas.

Entre os locais que haviam pela regiao, encontramos esse simpatico artista que eh formado pela universidade de artes do Camboja, alem de uma boa conversa ele nos permitiu uma pose para uma foto.

 Outro templo interessante eh o Ta Prohm, que revela a interacao da natureza com as ruinas, por sua estensao pode se ver dezenas de raizes de arvores gigantes entrelaçadas com cada detalhe do templo.

 Algumas arvores inteiras e vivas, outras infelizmente cortadas e mortas.

Viamos os Cambojanos andando de bicicleta o tempo todo, no caminho de um templo para o outro.

No total passamos 3 dias na cidade de Siem Riep, e tivemos como atividades principais, passear pela cidade de dia e conhecer os night markets a noite. Conhecer o grande Highlight turistico do Camboja: o Angkor. E a ultima, conhecer e conversar com os moradores da cidade tendo essa como nossa atividade favorita pois o que aprendemos nesses 3 dias, iremos carregar pra vida toda. "Nem todas as pessoas possuem o melhor de tudo, mas fazem o melhor de tudo o que tem ".

Aproveitamos os dias seguintes para conhecer a capital do pais Phnom Penh e a praia de Sihanoukville. A capital eh apenas como qualquer outra cidade grande, nada muito a oferecer e os precos nao costumam ser tao baratos, ja Sihanoukville nao podemos opinar muito, ja que pegamos apenas dias chuvosos por la.

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Malásia

Cingapura

Ilha de Java na Indonésia

Região do Vulcão Bromo, um dos lugares mais lindos que passamos:

Templo de Borobodur:

Com muita frequencia pediam-nos para tirarem foto conosco, por sermos gringos, foram dias nos sentido famosos.

Nosso aniversário foi comemorado aqui, de Davi dia 30/04 e do Cássio dia 03/05, ambos comemorados com as pessoas dos locais, com panquecas e bolos:

A cerveja mais famosa da região.

E para quem pensa que a capital não é desenvolvida:

Esse é um dos melhores shoppings que vimos ao redor do mundo:

30 de abril de 2012 por Davi Fialho.

 

Esse da foto é um vulcão ativo que existe a leste da ilha de Java na Indonésia.
Mas o que queria compartilhar de fato era o pensamento de que ás vezes pra que nossos olhos tenham certas visões, não imaginamos o que pode acontecer antes de chegarmos a um objetivo.

Hoje já faz algum tempo e eu lembro como se fosse ontem, era 30 de abril e queríamos conhecer o Mt Bromo, um vulcão muito famoso na Indonésia e que muitos aventureiros que por lá passam, vão a procura.

Pra chegar até lá é preciso passar por uma pequena cidade chamada Probolinggo e de lá conseguir um transporte de van ou moto taxi que finalmente leva até um vilarejo com pequenos chalés que dão acesso de jipe ao vulcão ativo.

Quando chegamos em Probolinggo ao conversar com o pessoal que organizava o transporte ficamos surpresos ao descobrir que era muito caro subir a estrada em direção ao vulcão de van, decidimos então subir de moto taxi pois o custo era bem menor.

Foi daí então que começaram todos os sorrisos e desesperos: Cada piloto de moto taxi era um aldeão da região local, então cada um de nós subiu em uma moto com um piloto e partimos rumo a estrada que nos aproximaria do coração do vulcão que não adormece.

Lembro que os pilotos nos transportavam como se estivessem em uma corrida e que a cada metro de estrada que subíamos as curvas aumentavam e quanto mais alto chegávamos mais abismos podíamos avistar, comecei a falar em inglês com o piloto dizendo “come down please” e foi aí então que descobri que ele nada falava de inglês, a única coisa que ele fazia era olhar pra mim pelo retrovisor e depois sorria. 

 

Acho que ele pensou que eu estava adorando arriscar a vida a vários km por hora enquanto corria uma estrada cheia de curvas e abismos em direção a um vulcão que podia entrar em erupção a qualquer momento.

Pra melhorar ainda mais a situação em determinado ponto da estrada começou a chover e a surgir o cheiro de enxofre da fumaça do vulcão por todo lado, foi daí então que conversei com DEUS e disse: Ah legal Senhor, obrigado por ajudar rs. 

 Nessa etapa já estava meio desesperado e foi aí que comecei a apelar pelo instinto humano e percebi que a cada grito de desespero que eu dava o piloto da moto taxi diminuía a velocidade, finalmente foi esse o momento que eu aprendi a controlar a velocidade da moto rs.

Com o desespero, nervosismo, chuva, enxofre e fumaça eu nem tinha me dado conta que eu e meu piloto tínhamos nos despistado da moto do meu companheiro, dali em diante eu conheci o domínio da mente sobre o desespero pois passei a também imaginar que aquilo era uma conspiração e que o povo daquela região fazia isso justamente para separar os turistas e depois roubar, matar e sabe se mais lá o que. “Juízo errado de minha parte admito! Mas eu estava DESESPERADO!

Houve até um momento que com a chuva muito forte, água e lama descendo a estrada no contra fluxo a moto já não tinha forças pra subir com o piloto, eu e a minha mochila. O Piloto parou então e fez sinal para eu descer, essa parte fizemos eu caminhando morro acima a pé com a mochila nas costas e o piloto levando a moto ao seu lado, confesso que até gostei de andar nesse momento.

Depois de achar que ia morrer de um jeito ou de outro voltamos a subir na moto e finalmente chegamos ao pequeno vilarejo próximo do vulcão, o aldeão me deixou na frente de um chalé que não era o que tínhamos reservado e a única reação que eu tive foi dizer que aquele não era meu chalé e também perguntava repetidamente “where is my friend? Where is my friend?” mesmo sabendo que ele não me entendia.

Minutos depois o outro aldeão chegou com a moto e o Cassio salvo, fiquei aliviado com o acontecido mas ainda estava nervoso com a situação. Finalmente o recepcionista do chalé que não era nosso, falava inglês e pode nos ajudar a encontrar o local que reservamos, estava perto dali.

Quando tudo isso passou e percebi que não era uma armadilha pega turista ao chegar no chalé correto, eu finalmente me dei conta que estava inteiramente encharcado de água e lama e meus dentes tremiam sem parar, o pessoal do chalé logo veio me dar chá quente, mas mesmo após tomar, os dentes não paravam de tremer. Sugeriram que eu tirasse toda roupa molhada e lá fui eu tomar um banho quente.

Enquanto tomava banho eu pensava: hoje é 30 de abril de 2012 e toda essa loucura está acontecendo bem no dia do meu aniversário, haha de um jeito sarcástico que legal!

Meus dentes pararam de tremer, saí do banho, me vesti e fui até o pequeno restaurante do chalé, eu já estava calmo e comecei a prestar atenção no local, os pequenos chalés eram bem rústicos mas muito charmosos e aconchegantes. Nós nos juntamos aos outros viajantes e começamos a dividir as experiências de viagens.

Foi quando do nada todas as luzes do chalé se apagaram!

Novamente disse pra mim mesmo: “what the fuck” o que mais agora ? Do nada começaram a cantar “Happy Birthday to you” em minha direção e trazendo uma panqueca em forma de SMILE simbolizando um bolo de aniversário, o Cassio havia contado a todos os viajantes do chalé que era aniversário do garoto que chegou com os dentes tremendo (eu) hahaha. Abri um sorriso de leste a oeste no meu rosto e fiquei MUITO contente com a surpresa.

Enfim tivemos um fim de dia super agradável e fomos dormir para que no dia seguinte acordássemos as 4:00am, pra pegar os jipes e chegar até do vulcão antes do nascer do sol.

Nem parecia que era 4:00am porque todo mundo estava no clima de festa brincando pra lá e pra cá com as lanternas, e quando o amanhecer aconteceu, todo mundo aplaudiu e contemplou a bela visão a 2,329 metros de altura do Monte Bromo, um dos vulcões mais famosos e procurados da ilha de Java na Indonésia. Depois de avistar de uma certa distancia o vulcão ao nascer do sol é que fizemos a caminhada rumo ao coração do vulcão ativo.

Chegando até aqui se você leu essa nossa história, e de todos os viajantes desse dia, gostaria só de concluir que em determinadas situações da vida mesmo que haja medo e risco, é preciso quase morrer pra renascer, e assim contemplar experiências que você guardará pro resto dos seus dias.

É como a lenda da Fênix na música do Daft Punk:

“Nosso fim foi o começo, e nós chegamos muito longe pra desistir de quem somos”

 

 

Bali - Indonésia - Ahhh como vai deixar saudades...

E Bali é assim, um lugar para relaxar a beira das piscinas:

A galosina aqui se venda em garrafas de vodka pelas ruas.. deu medo de abastecer a moto que alugamos.

Piscinas dos hoteis de Bali;

Logo nos primeiros dias participamos de um evento religioso, de agradecimento a Deus e pedindo proteção a Bali contra tsunamis, terremotos, ataques,....

Santuário dos macacos de Ubud:

Um dos templos hindus:

Campos de arroz por todos os terrenos de Bali:

Esses são os deuses deles:

Templo hindu:

Fizemos amizade com um local e visitamos a familia dele, nos aproximando da cultura:

E numa noite estávamos morrendo de fome, fomos atrás de algo pra comer e encontramos essas cobras (na verdade enguias), perdemos a fome na hora: